O Inverno está a chegar

25 de outubro de 2018


Já pouco falta para chegar, o Inverno,
E o tempo foge-me por entre os dedos.
E o que mais anseio é sentir aquele frio
Que tem a capacidade de acalmar os meus medos.

Adoro respirar o ar gélido,
A cada inspiração são muitas as memórias,
As nossas mãos desenharam tantas histórias,
As mesmas mãos que não mais se tocaram.

Hoje estou só,
E não é mais fácil esta forma de caminhar,
E mesmo que a esperança se vá perdendo
Existe sempre um sol de Inverno que me ajuda a acreditar.

Já me perdi por caminhos incertos
Mas hoje sigo o rumo que eu quero, sozinho.
E já não há medo algum de olhar para trás,
Só me entristece ter perdido algumas coisas pelo caminho.

Perdi o meu sorriso num qualquer banco de jardim,
Naquele fim de tarde perdi o meu olhar no horizonte,
Já não sinto que tenha em mim amor
Porque assim me deixaste, perdido de mim.

Caminhos passados não voltarão a ser pisados,
Guio-me por caminhos de certeza...
Aprendi, com o tempo, a ter calma
Porque já tive pressa e acabei por me perder.

Uma nova forma de suicídio

2 de maio de 2015

Porque hoje é sim
Amanhã será de outra forma
Mas, por conseguinte, correu de outra maneira
A qual já não te agrada.
Não tarda, recomeças
Não repetes o erro porque tomas precauções
Teimosia é certo
Porém a perfeição.
Exaustiva essa azáfama
Ausência de cansaço ou ocultação do mesmo
 Sofrimento,
Apenas quando absolutamente só.
Porque hoje é não
E desta vez assim se mantém,
Nada a acrescentar
Por fim dar razão à razão.
Deste modo, tréguas com a vida
Perdoados os pecados
Reaviva a memória
A paz para de novo se instalar a desordem.
Como um ciclo vicioso
Mulher,
Uma nova forma de suicídio
Essa tua maneira de amar.


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