Sem ti

25 de julho de 2011

Preciso de ti, ou se calhar não...Confusa, sim! Era fácil se aqui estivesses, tocar-te, beijar-te, abraçar-te. Quem sabe se isto não poderia ter sido tudo diferente, só sei que agora te quero mais que nunca. Para quê sorrir se me apetece chorar? Por favor, mantém-me viva. Ouve os meus gritos de desespero neste silêncio profundo onde me deixaste desprotegida. As minhas pulsações são cada vez mais fortes, não morro á fome porque este desespero me sustenta. Ouve a minha prece, vem depressa que eu não aguento muito mais tempo. Sinto-me fraca, meti-me num buraco da qual não posso sair. Socorro! Já há pouca vida dentro de mim, metade do meu mundo desabou, agora o que resta esgana-me,sufoca-me. Dá-me a tua mão, não me deixes só. Eu preciso que fiques comigo porque sem ti não resistirei a estas mãos que me empurram para o abismo. Por favor sê alguém com quem eu possa contar, sê alguém que me ame e não me faça sofrer , sê aquilo que nunca podeste ser, dá-me tudo o quanto não me podeste dar, entrega-te a mim e não vás embora. O meu coração implora que sejas meu, o quanto eu quero que sejamos só tu e eu...

Estou vazio... de Amor!

24 de julho de 2011


Ao fim do dia acabo sozinho, deitado,
A minha cabeça pendente, pensativa,
Pensando em ti até que ela me doa.
Sei também que estás a sofrer,
Mas que podemos eu e tu fazer,
Se em pedaços estamos…

Eu gostava de poder carregar
O teu sorriso no meu coração.
Assim, nas horas em que me sinto perdido
O teu sorriso me faria acreditar
No que o futuro se pode tornar.
A verdade é que no presente não se sabe,
Nunca se sabe…

Eu sinto-me vazio de amor…
Estou perdido, em ruas obscuras.
Agora sei que estavas certa,
Acreditei demasiado tempo, e agora…
Estou vazio, sou um ser mórbido.
Afinal o que sou sem ti?
Não acredito que seja tarde demais
Para te dizer que estava completamente errado.

Quero ter-te de volta,
Que me leves para tua casa.
Para bem longe destas longas noites solitárias…
Estou à tua procura.
Também sentes?
Será este sentimento verdadeiro?

O que me dirias se te telefonasse agora mesmo?
E se te dissesse que posso esperar eternamente?
Nada está fácil, e a cada dia se complica mais…
Por favor, ama-me ou eu morrerei.
Vou morrer, se vivo ainda estiver…

Foto: Loneliness de Paulo Silva

Verdade...

16 de julho de 2011


Ainda consigo resistir, estou vivo!
Mas dificilmente conseguirei subsistir…

Acabo a apelar a um Deus cuja existência nego,
Porque desperdicei demasiado tempo na busca de liberdade
Quando nunca ninguém é livre de verdade…

Os teus piores dias foram os meus melhores
Mesmo assim, por ti, suportaria tudo de novo!
Descansas serena enquanto eu tenho insónias
Porque quem se preocupa fá-lo de verdade…

O que é que eu posso fazer
Quando a minha melhor parte és tu!
O que é que eu posso dizer
Enquanto enfraqueço e tu estás bem?

As coisas más acontecem com um motivo
Infelizmente nada me fará parar de sangrar.
Porque partiste e eu lamento-o,
Porque partiste para sempre, de verdade…

Conseguiste o meu coração e feriste-o,
Partiste e impingiste-me culpas…
Fiquei a tentar perceber o que restou
Porque me deixaste sem amor, de verdade…

Foto: Desolação? Desilusão? de BERNARDO

Primeiro Amor

14 de julho de 2011





  Lembro-me como se fosse hoje... Ah, os meus 17 anos, onde eles já vão! Sei que era um dia de muito sol, depois das aulas segui-te até ao lago da Floresta onde te descalças-te e suavemente passavas os teus pés naquela água fresca. Talvez de estares farta de olhar aquela paisagem levantaste-te e do nada começaste a correr aqueles caminhos pintados de verde daquela erva húmida e fria enquanto eu te observava de entre as árvores. A luminosidade dos raios de sol que penetravam por entre os ramos faziam o teu cabelo parecer castanho, mas visto bem de perto era preto. Aquele vestido branco que trazias tornava o teu rosto mais claro, era pura beleza aquilo que eu espreitava com os meus olhos. Mas, de repente, notaste que não estavas sozinha e com a tua voz doce, delicada e suave perguntaste quem ali estava e eu num impulso saí de entre as árvores e respondi que era simplesmente eu. Tu sorriste e de mansinho pegaste na minha mão e conduziste-me até uma fraga onde por longas horas nos sentamos a conversar e num acto de silêncio provocado por uma troca de olhares disse que te amava. Nunca pensei que poderias gozar comigo e rires-te na minha cara mas fizeste-o. Custou-me esquecer-te mas não posso negar o meu passado, tu foste o meu primeiro amor. 

A estrela, a mulher, Deus e eu...

6 de julho de 2011

No horizonte brilha uma estrela
Completamente envolta pela solidão
Uma estrela mórbida, mas luzidia
Que vence as trevas maliciosas.

No horizonte chora uma mulher
Iluminada pela luz dessa estrela.
Uma mulher nostálgica e isolada
Que vê na luz da estrela a salvação.

Os seres humanos inventaram Deus
Como um Ser que a tudo ocorre.
Mas eu digo-vos que esse Deus é fantasia,
Uma mentira dita por palavras repetidas.

Deus nem sequer é capaz de nos salvar,
De nos iluminar com a sua falsa sabedoria,
De carregar esta cruz de sofrimento,
De olhar por nós e para nós.

Perdoem-me, mas Deus somos nós.
Nós que sorrimos, choramos…
Nós que, enfim, nos matamos
Na ânsia de atingir o impossível.

Nesta correria desmedida,
Temos ainda tempo para olhar os amigos
Que necessitam por vezes de ajuda.
Ajudamo-los de bom grado.

Outros tudo fazem para nos verem cair
Chegam a puxar-nos para trás se preciso for.
Passam por cima de nós, pisando-nos,
Enfim, almas completamente desgraçadas.

Mas a estrela estará lá
A mulher lhe fará também companhia
E eu, eu partirei…
Partirei quando mais nada me motivar.

Deixarei tudo para trás.
Os amigos levá-los-ei no pensamento, uns;
Outros, no coração.
Quanto ao resto, nada me fará falta.

Foto: ...Estrela de Carla Salgueiro
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