Uma nova forma de suicídio

2 de maio de 2015

Porque hoje é sim
Amanhã será de outra forma
Mas, por conseguinte, correu de outra maneira
A qual já não te agrada.
Não tarda, recomeças
Não repetes o erro porque tomas precauções
Teimosia é certo
Porém a perfeição.
Exaustiva essa azáfama
Ausência de cansaço ou ocultação do mesmo
 Sofrimento,
Apenas quando absolutamente só.
Porque hoje é não
E desta vez assim se mantém,
Nada a acrescentar
Por fim dar razão à razão.
Deste modo, tréguas com a vida
Perdoados os pecados
Reaviva a memória
A paz para de novo se instalar a desordem.
Como um ciclo vicioso
Mulher,
Uma nova forma de suicídio
Essa tua maneira de amar.


Parado no tempo...

30 de janeiro de 2015


Quando olho para trás tudo é diferente,
Nem o caminho que percorro é o mesmo.
O mundo ao meu redor é outro,
Quando fecho os olhos já nada é igual.

Tinha tudo na palma da minha mão
E do dia para a noite tudo se foi.
Num breve piscar de olhos
Tudo se esfumou sem deixar rasto.

Mas no meio de tanta mudança
Existem sempre certezas.
Por mais que o tempo passe
As memórias tenho-as sempre na lembrança.

Há um coração que brilha
No escuro silêncio do meu quarto.
Há uma foto amarrotada
Perdida por entre papéis espalhados pelo chão.
.
Há um coração partido (o meu)
Sem jeito de voltar a ser inteiro.
Há uma esperança perdida
Na ânsia de te encontrar.

Estou parado.
Olho para trás e para a frente,
Consigo ter noção das lembranças no tempo
Mas o tempo corre sem parar e eu parado…

À espera não sei bem do quê ou de quem.
Vou fazer-me ao caminho, a um caminho.
Porque para quem está perdido

Qualquer trilho acabará por servir.

Foto: Parado no tempo... de Pedro
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